16 de febrero de 2006

A VÊNUS


Ó minha amada
que olhos os teus
sào cais noturnos
cheios de adeus
sào docas mansas
trilhando luzes
que brilham longe
longe nos breus...



O minha amada
Que olhos os teus
Quanto misterio
Nos olhos teus
Quantos saveiros
Quantos navios
Quantos naufragios
Nos olhos teus…

Ó minha amada
Que olhos os teus
Se Deus houvera
Fizera-os Deus
Pois nào os fizera
Quem nào soubera
Que há muitas eras
Nos olhos teus.

Ah, minha amada
De olhos ateus
Cria a esperanca
Nos olhos meus
De verem um dia
O olhar mendigo
Da poesia
Nos olhos teus.

Vinicius de Moraes.

3 comentarios:

Anónimo dijo...

Preciosa, yo le pondré la música...
Besossss...!!!
Helena.

Mariano Planells dijo...

Creo que ya tiene música. Besos chicos, que estais de un romántico que voy al kiosco a comprarme la revista Orgasmo.

Vênus dijo...

O poeta vive de amor e de amar e tráz sempre nos olhos e na alma a delicadeza absoluta de um belo poema como este...

Beijo e obrigada pela surpresa!!!